Reler este clássico teve mais impacto em mim do que quando o li na época. Talvez por ser muito novo e não entender o que isso representou, talvez por não ter lido com a seriedade que esta história merece!
O segundo Robin, Jason Todd, está inquieto. Desobedece ordens, briga com Bruce, é impulsivo e estourado. Isso faz com que Batman o afaste do combate ao crime e, sem a ocupação do uniforme, Jason resolve ir atrás de seu passado.
Através de uma caixa de lembranças, descobre que a pessoa que chamou de mãe a vida toda não é sua mãe biológica. Investigando mais a fundo, chega em três nomes que podem levar ao paradeiro de sua mãe. Paralelamente, Batman está em uma investigação onde o Coringa leva uma bomba nuclear para ser vendida no Oriente Médio, que é onde Robin também foi atrás do paradeiro de sua mãe. Apesar das coincidências forçadas, a partir daqui a história pega fogo!

Batman e Robin se encontram e vão atrás do paradeiro da mãe do garoto, após descartar as duas primeiras pessoas; e descobrem que a mãe verdadeira está em um acampamento para refugiados, onde também está o Coringa a fim desviar um carregamento de remédios (outra coincidência forçada). O encontro dos dois é emocionante, mas dura pouco, pois o Coringa chantageia a moça para que ela acoberte seu desvio do carregamento.
Batman segue a trilha de capangas e deixa Robin com sua mãe, com a ordem de esperar por ele, pois o Coringa é perigoso. Claro, Robin não espera e entra no armazém, onde estão o louco, sua mãe e alguns capangas. A alegria pelo rapaz e sua mãe dura pouco, quando você descobre que a moça está do lado do bandido.
Aqui a cena é icônica: zombando de Todd, o Palhaço do Crime pega um pé de cabra e espanca o jovem quase até a morte, enquanto dá gargalhadas!
Batman retorna e encontra o armazém destruído por uma explosão e descobre que Robin foi assassinado pelo Coringa, que foge e se encontra com o chefe de estado do Irã, que o oferece a cadeira de Embaixador do país na ONU (sim, isso é insano, mas quando olhamos ao nosso redor e vemos tanta gente querendo eleger Bolsonaro vemos que não é tão insano assim) a fim de matar todos do Conselho, reunido nos EUA.
Claro que sua tentativa de cometer este ato insano é evitada pelo Homem de Aço, que está a serviço do governo americano, como o escoteiro de sempre.
Poucas coisas incomodam na história. Os encontros forçados não atrapalham o brilho e o roteiro de Starlin com a arte de Aparo se encaixam como torresmo e cachaça! E é sempre bom ver Batman contra Superman.
Eu particularmente sempre achei que o Batman não deveria ter um parceiro. Você andaria ao lado de um potencial suicida (e aqui cabe elogiar a grande sacada de Tom King)? Tiveram a chance de fazer dele solitário, mas infelizmente criaram outro Robin.
Parabéns pela ótima encadernação da Eaglemoss e da introdução, que nos coloca nos anos 80, uma época em que a linguagem dos quadrinhos era diferente e que foi totalmente repaginada pela obra máxima de Frank Miller e de outras como esta.
Nota 9/10.